quarta-feira, 3 de junho de 2009

Criação do blogue...


Este blogue "Alimentaçao Saudável em Meio Escolar"surgiu com o objectivo de dar a entender as crianças de 1º ciclo, mais especificamente do 1º e 2º anos, como é importante uma boa alimentação, é dirigido também para os pais, que têm um papel muito importante na saúde alimentar dos seus filhos e também para a escola e educadores, quais as medidas a ter em contexto escolar para favorecer uma boa alimentação.

Mas afinal o que é uma alimentação saudável?

“O alimento é o teu melhor remédio”

Os nutricionistas defendem que uma alimentação saudável é aquela que "em primeiro lugar é completa, variada e equilibrada, inclui tudo aquilo que é concebido na roda dos alimentos, o intervalo entre as refeições não se prolonga por mais três horas, não inclui a ingestão de muitas gorduras e exige uma séria preocupação com os doces e a prática de exercício físico."
Baseia-se assim em alguns princípios básicos que, respeitados, contribuem para o bom estado geral, físico e psicológico dos indivíduos, bem como para um menor custo da incontornável necessidade humana.
De entre eles destacam-se:
- equilíbrio na qualidade e quantidade (conter os alimentos nas proporções convenientes);

- variedade (ingerir proteínas, lípidos, glúcidos; catalisadores e vitaminas);

- número de refeições adequado (estar adaptada às diversas necessidade do organismo) e cumprimento de horários. O número de refeições adequadas e cumprimento dos horários é também primordial na vida de qualquer ser humano. Era incomportável ingerir todos os alimentos necessários para um dia pela manhã e, não pensar mais nisso. O organismo não está preparado para tamanha obra e, por isso, deve-se distribuir ao longo do dia essa quantidade de alimentos. Quanto ao número de refeições, esse depende do tamanho do dia de cada um. Se se respeitar a máxima que se deve comer de três em três horas, aproximadamente, encontrar-se-á o número de refeições que se deve fazer, com um outro reajuste em função de outros horários. Cumprir o mais possível com o horário das refeições, permite a regulação biológica do organismo.

- compreensão das excepções.


Uma alimentação completa, equilibrada e variada é o essencial.

Os hábitos alimentares, adequados ou não, são formados até os 2 anos de idade, e serão os mesmos por toda a vida do indivíduo, se não houver preocupação em mudá-los.

Crianças em idade escolar, dos 6 aos 10 anos, estão num período de vida mais lento no que diz respeito à velocidade de crescimento e mudanças alimentares. Já estão a seguir uma rotina de ir à escola, o que torna a alimentação menos frequente (de 4 a 5 vezes por dia) com influência não somente da família. No período dos sete aos dez anos de idade, as necessidades nutricionais são mais elevadas em função, principalmente, da maior actividade física.

As consequências da má alimentação

Entre outras consequências, a má alimentação é responsável pela diminuição no rendimento escolar. “Algumas pesquisas já comprovaram que, se a criança não faz uma boa refeição e não lancha direito tem menor capacidade de concentração, o que atrapalha no aprendizado”.


Os outros problemas da má alimentação estão no surgimento precoce de doenças como hipertensão, cancro, diabetes e problemas cardíacos, além de colesterol elevado, obesidade e até anemia. E a médio e longo prazo, o crescimento físico e mental das crianças também podem ser comprometidos com a dieta inadequada.

O principal problema das crianças é o da obesidade infantil, que tem vindo a registar valores crescentes e preocupantes em Portugal, com alguns estudos a apontarem valores na ordem dos 30 por cento de crianças e jovens com excesso de peso.

Dez Passos para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas





1º passo A escola deve definir estratégias, em conjunto com a comunidade escolar, para favorecer escolhas saudáveis.
Ações de educação alimentar e nutricional e a adoção de práticas criativas de incentivo ao consumo de alimentos mais saudáveis devem ser desenvolvidas no âmbito escolar, orientando e incentivando sua comunidade aos aspectos relacionados à promoção da saúde e prevenção de doenças.


2° Passo – Reforçar a abordagem da promoção da saúde e da alimentação saudável nas atividades curriculares da escola.
A escola é um espaço ideal para o desenvolvimento de ações voltadas à promoção da
alimentação saudável e prática de atividade física. Assim, a inserção desses temas como
componentes transversais aos currículos do ensino infantil, fundamental e médio pode dar sustentabilidade às iniciativas de educação em saúde.



3° Passo – Desenvolver estratégias de informação às famílias dos alunos para a promoção da alimentação saudável no ambiente escolar, enfatizando sua co-responsabilidade e a importância de sua participação neste processo.
As famílias devem ser informadas das estratégias desenvolvidas pela escola para a promoção da alimentação saudável, incluindo as mudanças propostas para os serviços de alimentação da escola, de forma a participarem ativamente deste processo.


4° Passo – Sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos com alimentação na escola para produzir e oferecer alimentos mais saudáveis, adequando os locais de produção e fornecimento de refeições às boas práticas para serviços de alimentação e garantindo a oferta de água potável.
A comunidade escolar deve buscar os meios para viabilizar a capacitação dos profissionais envolvidos, além de sensibilizá-los para a compreensão do alcance das modificações propostas e para enfrentar o novo desafio de preparar e oferecer produtos mais saudáveis.


5° Passo – Restringir a oferta, a promoção comercial e a venda de alimentos ricos em gorduras, açúcares e sal.
Os locais de produção devem restringir a oferta de alimentos e refeições com alto teor de açúcares, gorduras saturadas, gorduras trans e sódio, pois o consumo excessivo está comprovadamente associado ao risco de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis.



6° Passo – Desenvolver opções de alimentos e refeições saudáveis na escola.
Existem vários alimentos considerados mais saudáveis que podem ser introduzidos na alimentação na escola: sanduíche natural sem maionese, frutas, salada de frutas, sumos naturais.


7° Passo – Aumentar a oferta e promover o consumo de frutas, legumes e verduras, com ênfase nos alimentos regionais.
As frutas, legumes e verduras são alimentos essenciais para a saúde.


8º Passo - Auxiliar os serviços de alimentação da escola na divulgação de opções saudáveis por meio de estratégias que estimulem essas escolhas.
Sabe-se que a propaganda tem um estímulo muito forte e poderoso, muitas vezes
determinando o consumo alimentar. Nesse sentido, a propaganda dos alimentos mais saudáveis deve ser estimulada e realizada, de forma criativa e interessante para a percepção das crianças, facilitando e estimulando o consumo de novos alimentos pelos escolares e demais membros da comunidade escolar.

9° Passo – Divulgar a experiência da alimentação saudável para outras escolas, trocando informações e vivências.
Boas iniciativas e seus resultados devem ser divulgados, no intuito de possibilitar a criação de uma rede de escolas com propostas e projetos semelhantes, favorecendo a troca de informações sobre saúde, alimentação e nutrição que possam dar suporte e continuidade ao trabalho implementado.

10° Passo – Desenvolver um programa contínuo de promoção de hábitos alimentares saudáveis, considerando o monitoramento do estado nutricional dos escolares, com ênfase em ações de diagnóstico, prevenção e controle dos distúrbios nutricionais.
A escola e a rede de atenção básica de saúde local têm um papel fundamental na criação de condições que permitam acompanhar a situação de saúde e nutrição dos escolares.

Papel dos País e Encarregados de Educação

Os pais e encarregados de educação têm um papel fundamental na alimentação dos seus filhos/educandos. Desde cedo que lhes compete o papel de transmitir saberes, revelando condutas alimentares que ajudem a posterior modelação de comportamentos salutares dos seus filhos/educandos.
Por outro lado, cabe à escola uma função educativa, nomeadamente a transmissão de
conhecimentos essenciais para o crescimento intelectual e cognitivo dos alunos.
Assim, escola e famílias devem cooperar no sentido de uma educação para uma alimentação
saudável.
Sugere-se que os pais e encarregados de educação tenham uma atitude pró-activa junto da escola, exigindo que esta forneça alimentos e refeições saudáveis em detrimento de opções alimentares menos correctas e supervisionando as refeições dos seus filhos.

Para tal, devem:
· Conhecer quais as refeições intermédias que adquirem na escola;


· Excluir os géneros alimentícios pouco saudáveis dos lanches (merendas) que levam de casa para a escola;


· Insistir para que os seus filhos almocem no refeitório escolar.


Para além dos cuidados a ter em matéria de alimentação, compete ainda aos pais incentivar os filhos a serem fisicamente activos. A criança deve ter espaço e tempo para tudo: estudar, ver televisão, jogar videojogos, mas também actividades de lazer e recreativas, que sejam dinâmicas.


Cabe aos pais “imaginar”/“inventar” formas de promover a actividade física, incentivar os filhos a serem fisicamente activos com actividades de lazer e recreativas dinâmicas, imaginando formas de promover a actividade física dos filhos.

Adequação nutricional em ambiente escolar

Num ambiente escolar devem, idealmente, estar reunidos um conjunto de requisitos, nomeadamente: a existência de alimentos saudáveis, um espaço com decoração alegre e atractiva, boa apresentação dos alimentos e bom atendimento dos funcionários, política de preços permitindo que os alimentos mais saudáveis sejam mais acessíveis, envolvimento dos alunos na elaboração das ementas (...).

Alguns Conselhos Práticos




Na Cantina:
· Optar por sopas compostas por vários produtos hortícolas, temperar com um pouco de azeite, de preferência no final da confecção e reduzir ou substituir o sal por ervas aromáticas.
· Cozer os produtos hortícolas em vapor, panela de pressão ou com a menor quantidade de água possível e com o recipiente tapado; não utilizar o bicarbonato de sódio.
· Aproveitar a água de cozer os produtos hortícolas para sopas ou outros cozinhados, em vez dos caldos concentrados industriais.
· Dar preferência ao peixe fresco ou congelado, consumir mariscos e moluscos apenas ocasionalmente, reduzir ou substituir o sal, marinando este alimento numa mistura de ervas aromáticas, especiarias, produtos hortícolas, limão ou vinagre.
· Variar o tipo de carnes e consumir este alimento com moderação, substituindo, em parte, por leguminosas secas; retirar as gorduras em excesso e bem como a pele das aves.


No Bufete / Máquinas de Venda:
· Leite meio-gordo, simples ou aromatizado, sempre que possível sem adição de açúcar.
· Iogurtes meio-gordo sólidos, líquidos ou batidos, sem adição de açúcar.
· Sumos de fruta naturais sem adição de açúcar e/ou comerciais "100%" sumo.
· Pão pouco refinado e com pouco sal, simples ou adicionado com manteiga, queijos frescos e/ou curados "meio-gordo" ou "pouco-gordo", fiambre "pouco-gordo", ovo cozido, verduras, atum, carne cozida ou assada, marmelada ou compota com baixo teor de açúcar.
· Flocos de cereais devem ser ricos em fibras alimentares e pouco açucarados (ler rótulos).
· Bolos sem cremes, com pouca gordura e açúcar (ex.: queques, bolos de arroz, arrufadas, croissants...)


Opções a evitar:
· Fritos e folhados, batatas fritas e produtos afins.
· Enchidos, salsichas e toda a charcutaria rica em gordura e sal.
· Margarinas, cremes para barrar e maionese.
· Bolos com cremes e recheios.
· Gelados com composição maioritariamente de natas, aromas e corantes.
· Rebuçados, caramelos, chupas, pastilhas (...)
· Refrigerantes.


Lanches:

A meio da manhã, as crianças necessitam de recarregar energias, daí a necessidade de as escolas contemplarem intervalos que permitam colmatar as necessidades alimentares dos alunos. A meio da manhã as crianças devem lanchar, de modo a retomarem com energia e concentração as actividades que as esperam.


O que é um bom lanche?:

Para a criança, um bom lanche:
- atrai os seus olhos e satisfaz o seu paladar;
- é agradável de ver e bom de comer;
- alimenta o bastante, mas não enche;
- fornece elementos nutritivos válidos (vitaminas, minerais) mas evita as calorias inúteis;
- varia todos os dias;
- diverte o espírito e os dedos da criança;
- pode ser preparado com a colaboração da mesma.

Os lanches não servem para substituir as refeições, mas sim para completar a sua alimentação.


Visitas de estudo:

As visitas de estudo são outra novidade que a escola traz. Nestas viagens aproveita-se para promover o espírito de camaradagem, os alunos comem o que trazem.
E o que trazem eles de casa? Pães recheados de chocolate, bolachas cobertas, ou recheadas de chocolate, ou outros cremeis doces, refrigerantes em lata, batatas e outros snacks fritos, rissóis, croquetes, pastéis de bacalhau e bolos embalados. O que é feito do frango assado, das fêveras panadas, da alface e do tomate no meio das sandes, da bola de carne, da fruta, da água, do bolo de laranja, feito pela avó e para dar a todos?
Aqui se mostram algumas realidades menos boas dos jovens de hoje.

O risco de má nutriçao é mais elevado em algumas crianças

O risco de má-nutrição é mais elevado para os seguintes tipos de alunos:
· Aqueles que substituem frequentemente os almoços do refeitório escolar por outros locais públicos alternativos, com umao ferta alimentar desadequada;
· Aqueles que, não substituindo regularmente o almoço no refeitório por um em local público exterior à escola, dependem sobretudo da oferta alimentar escolar para a sua
adequada nutrição.

Dia da alimentação - 16 de Outubro

Podem ser realizadas inúmeras actividades neste âmbito, que tem como objectivos gerais:

"Dinamizar actividades que permitam aos alunos desenvolver atitudes e valores conducentes à sua formação integral."

· Incentivar a participação dos alunos na vida da escola;
· Dinamizar actividades que permitam aos alunos desenvolver atitudes e valores conducentes à sua formação integral.


Área de intervenção:
-Incentivar os participantes para uma alimentação saudável;
-Sensibilizar para as regras alimentares;
-Adquirir Hábitos de higiene alimentar.

Alimentos Animados

Roda dos Alimentos



http://www.univ-ab.pt/disciplinas/dcet/n586/roda.html